Salomon Mony Levy formou-se em engenharia civil em 1972 na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Trabalhou como engenheiro orçamentista e nos setores de planejamento e execução de obras até ter sua própria construtora na década de 1980. Em seguida, passou a ser representante técnico de uma fabricante de moinhos para produção de argamassas com os resíduos cimentícios gerados na própria obra. Começava ali sua carreira acadêmica na área ambiental.
Fez mestrado e doutorado em Engenharia Civil na Poli-USP, estudando uso de resíduos cerâmicos reciclados em argamassas e a durabilidade de concretos produzidos com agregados reciclados. “Os ensaios para avaliar a durabilidade dos concretos comprovaram que, com um teor de substituição de até 30%, não haveria qualquer efeito adverso nas propriedades dos concretos produzidos com agregados reciclados”, nos conta nesta entrevista para a edição 104 da Revista CONCRETO & Construções.

Ainda durante o doutorado, Salomon ingressou na docência da UNINOVE, onde foi coordenador do curso de Engenharia Civil, no qual foi responsável por montar os laboratórios e a estrutura do curso, e pelo cargo de diretor do departamento de Ciências Exatas da UNINOVE.
O Prof. Salomon foi também, por nove anos seguidos, coordenador do CT 206 Meio Ambiente do IBRACON, encarregado da organização das edições do Seminário de Desenvolvimento Sustentável e Reciclagem de Resíduos na Construção Civil.
Na sua avaliação, os agregados reciclados não são ainda tão usados na construção civil brasileira por conta de sua maior variabilidade em termos de quantidade e qualidade, “o que gera necessidade de um maior controle de qualidade e pode onerar o preço do concreto reciclado”.
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